Quando acabarem-se os receios
Dissiparem-se os remorços
E você perceber que não se deve poupar esforços
Nesta busca insana pela felicidade
Talvez já tenha acabado meu encanto
Nos destroços que você produziu
Quando a balbúrdia da grande massa acabar
E o palco se esvaziar
Você sentirá minha falta
O vazio daquele salão
Não será nada ante o vácuo no meu coração
Ao cair da noite
Junto com o frio de maio
Seus olhos não irão cerrar-se
Minha voz ecuará pela madrugada
Bem baixinho em seu ouvido
E ao desejar outra vez o calor do meu abraço
E perceber que agora estou tão longe
Aí será mais que o tempo e espaço
Seremos dois estranhos
Lucas Ribeiro
Pitangui, 10 de maio de 2007