terça-feira, 22 de maio de 2007

NOITE FRIA


Quando acabarem-se os receios
Dissiparem-se os remorços
E você perceber que não se deve poupar esforços
Nesta busca insana pela felicidade
Talvez já tenha acabado meu encanto
Nos destroços que você produziu

Quando a balbúrdia da grande massa acabar
E o palco se esvaziar
Você sentirá minha falta
O vazio daquele salão
Não será nada ante o vácuo no meu coração

Ao cair da noite
Junto com o frio de maio
Seus olhos não irão cerrar-se
Minha voz ecuará pela madrugada
Bem baixinho em seu ouvido

E ao desejar outra vez o calor do meu abraço
E perceber que agora estou tão longe
Aí será mais que o tempo e espaço
Seremos dois estranhos

Lucas Ribeiro
Pitangui, 10 de maio de 2007

quinta-feira, 10 de maio de 2007

IMAGEM DECADENTE


Os espelhos só refletem nossa imagem decadente
Nos livros só há alienações
Pessoas desequilibradas
Pensando juntas em uma solução

Seus óculos estão quebrados
Não servem para mais nada
Sua vista esta embaçada
Não consegue ver o que é óbvio

Seus sentimentos estão transtornados
No seu coração não há mais amor
Todas as decepções
Agora só lhe permitem algum rancor


Lucas Ribiero
Pitangui, novembro de 2000