quarta-feira, 29 de novembro de 2006

LATIDOS

Latidos pela noite
Que se esgota pelos ponteiros do relógio
Latidos muito distantes
Indistintos

Pela madrugada
Um silêncio ameassador
Que só é rompido pelos latidos
Que agora parecem terem cessado

Minha vontade é de sair
Do meu quarto e explorar a noite
Não faço-o por preguiça
Ou por saber que voltaria ainda mais intediado

Na sala o relógio marca o compasso
60 semínimas por minuto
60 minutos infrutíferos nessa hora que transcorre
24 horas de um dia quase igual ao outro e ao próximo

365 dias de um ano que pouco difere do outro
Mudando apenas o último algarismo
Agora para um número ímpar

Anos que transcorrem em séculos apenas para provar
A imbecilidade e o egoísmo do ser que é a maior criação de Deus
Século após século se mostrando mais claramente
Depois de talvez uma dúzia de milênios

Desde que evoluímos do macaco
Ou saímos do barro
É uma questão de crença
Acreditar em uma ou outra

Não vou agora começar a me questionar sobre Deus
Pois esta narrativa já esta um pouco longa
E não quero me estender indefinidamente
Sem chegar há lugar algum.

Lucas Ribeiro

Pitangui, 09 de fevereiro da 2003

5 comentários:

Cat. disse...

Obrigado pelo seu comment!
Um obrigada de Portugal até ao Brasil!

Anônimo disse...

adorei seu blog. o post anterior é mto lindo. Perco a esperança algumas vezes, mas sempre a reencontro sei lá como.

Anônimo disse...

Boa noite,
Demorei mais vim aqui visitar o seu blog também.
Gostei do falar sobre os latidos da noite e sobre os segundos que se sucumbem no efêmero tempo.
Abraço
Sempre que puder estarei aqui

Anônimo disse...

Vc tbm já tá linkadu!

**Bjs!**

Bom fim de semana!

Legalmente Celle disse...

Ow meu bem, suas reflexões são ótimas mas seria bom prestar mais atenções nos erros de ortografia, concordância etc. Crítica construtiva, tudo bem? ^^
Bjusssssssssss