terça-feira, 19 de dezembro de 2006
VENENO
Veneno que consome
Veneno que tem seu nome
Luciene você não sai da minha cabeça
Seu perfume não permite que eu te esqueça
Nossa união poderia ser algo perfeito
Mas a distância nos separou
Nunca mais aqui você voltou
E em mim só a saudade ficou
Talvez seja melhor assim
Você não deve ter sido feita pra mim
Mas mesmo assim gostaria de arriscar
Mais uma vez te amar
Mas hoje vejo
Que o que posso fazer é so sonhar
Porque sei que nunca mais
Ao meu lado você vai estar
Lucas Ribeiro
Pitangui, 04 da abril de 2001
domingo, 10 de dezembro de 2006
DUVIDAS
E me encontro
Novamente
No mesmo lugar.
Estarei andando em círculos?
Depois de tanto chão percorrido
Me impressiono a ver de novo
A mesma paisagem
Deslumbramentos, ambições
Angústias, decepções
Sempre acredito no melhor das pessoas
E sempre me engano com elas
Hora ou outro por interesse próprio
Me traem, me magoam
Não tenho perspectivas
Não posso continuar neste caminho
Mas como achar outro
Estando sozinho?
Ate quando isto irá durar?
Já são tantas perguntas
E nenhuma resposta
Talvez mudar isso
Ninguém possa
Lucas Ribeiro
Pitangui, 28 de novembro de 2006
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
RIO PARÁ
Rio da minha infância
Rio da minha adolecência
Rio da minha vida
Talvez algum dia
Rio da minha morte
Em suas plácidas margens
Agora tão vazias
Vivi tristezas
E enchente de alegrias
Tive minhas más
E minhas boas pescarias
Espantando os mosquitos
Nadando na água corrente
De ti não guardei rancor
Quando levaste minha casa
Após meses de chuvas
Apenas a melancolia
Ao ver aqueles telhados
Submergirem naquele improvisado
Oceano de água turva
Quando acalmastes e abaixastes
Pouco do que ali havia
Ainda estava de pé
No mesmo lugar
Me entristecem as usinas
Que com seu lixo industrial
Os já poucos peixes extermina
Dizimando também
A população ribeirinha
Rio da minha poesia
Rio de minha fantasia
Que um dia já correu
Águas limpas e vivas
Hoje o esgoto
Da suposta civilização
É incessantemente jogado em seu leito
Sem nenhuma conciência ou respeito
Mas a ganância pela riqueza
Não lembra da frágil natureza
Matando meu rio
O rio da minha vida
Que morre antes de mim.
Lucas Ribeiro
Pitangui, 06 de julho de 2001
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